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Fases da tendinite calcária

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Por: Publicado em 8 dezembro, 2023

As fases da tendinite calcária apontam o estágio do problema, o aparecimento de sintomas e o nível de intervenção necessária

A tendinite calcária ocorre quando fragmentos de cálcio são depositados no interior do manguito rotador, conjunto de músculos do ombro, sendo mais comum no tendão supraespinhal. A causa é desconhecida, não tendo relação com o uso de medicações ou com níveis aumentados de cálcio no sangue.

Em grande parte dos casos, o corpo reabsorve esse depósito sem apresentar sintomas. Ainda assim, algumas pessoas sentem dores na região do ombro. As características dessa condição médica variam de acordo com as fases da tendinite calcária.

Quais as fases da tendinite calcária?

Esse processo inflamatório é limitado, porque as fases da tendinite calcária representam o começo, meio e fim do problema. Ainda assim, a dor costuma ser intensa e as etapas levam meses ou até mesmo anos para se completar até a cura.

Fase de pré-calcificação

A primeira das fases da tendinite calcária é assintomática. A pré-calcificação é o período em que as fibras de colágeno que constituem o tendão sofrem alterações, mas ainda não existe a formação de cálcio.

Fase calcificada

A calcificação é a segunda parte das fases da tendinite calcária. Nesse momento acontece a formação de depósitos de cálcio, que podem permanecer por meses ou anos até a efetivação do tratamento ou pode ser reabsorvido espontaneamente pelo organismo.

O paciente costuma sentir incômodos que tendem a diminuir conforme a reabsorção avança para o fim. Os desconfortos incluem:

  • Dor intensa e súbita;
  • Inchaço e elevação da temperatura na área do ombro;
  • Dificuldade na movimentação do ombro.

Fase pós-calcificada

A pós-calcificação é a última entre as fases da tendinite calcária. O cálcio é absorvido, os incômodos somem e a reconstrução do tendão é completada. Enquanto alguns pacientes sentem menos dor e não demoram a chegar a essa fase de resolução, outros sofrem por meses até buscar um tratamento.

Tratamento da tendinite

Para diagnosticar a condição, o médico deve ouvir as queixas do paciente e identifica em qual das fases da tendinite calcária ele está. Dores sem associação a traumas são fortes indicativos. Além disso, ele solicita exames de imagem, como radiografia, ultrassom e ressonância para visualizar a extensão e a área acometida pelo cálcio.

Geralmente, a tendinite calcária é tratada sem cirurgia. O médico receita medicamentos de acordo com a intensidade das dores, que podem ser ministrados via oral ou injeções intramusculares. A fisioterapia também é uma aliada no alívio dos desconfortos e no fortalecimento do manguito rotador.

Outras opções de tratamento são:

  • Barbotagem: também chamada de punção, esse procedimento é feito no paciente sedado, introduzindo uma agulha no local para realizar a lavagem do depósito de cálcio;
  • Terapia por ondas de choque: aplicadas no ombro para provocar a reabsorção dos cálcios;
  • Artroscopia: cirurgia minimamente invasiva que introduz câmeras e instrumentos no ombro para eliminação do cálcio, sendo uma opção quando não existe melhora da dor com os demais tratamentos.

A recuperação pós-cirúrgica inclui o uso de tipoia por até seis semanas e fisioterapia para fortalecer a região e recuperar os movimentos. As recomendações médicas variam conforme as condições de cada paciente.

Qual profissional trata a tendinite calcária?

O ortopedista é o profissional responsável por diagnosticar e tratar a tendinite calcária. Manter o acompanhamento com o especialista evita que o problema se torne incapacitante, prejudicando as atividades cotidianas por longos períodos.

Buscar ajuda médica em qualquer uma das fases da tendinite calcária também evita que o quadro evolua para a capsulite adesiva, inflamação articular do ombro que se apresenta com dores intensas e dificuldade para movimentar a região como se a área estivesse congelada.

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Fontes:

Ministério da Saúde

Hospital Israelita Albert Einstein

Revista Brasileira de Ortopedia