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Dor crônica no joelho: entenda as possíveis causas

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Por: Publicado em 1 novembro, 2025

4 min. de leitura

Veja por que a dor persistente no joelho não deve ser ignorada e entenda quando procurar ajuda

A dor crônica no joelho pode afetar pessoas de todas as idades, desde jovens atletas até idosos. Essa condição gera um desconforto que persiste por semanas ou meses, podendo comprometer seriamente a mobilidade, a independência e a qualidade de vida. Diferente da dor aguda, que surge logo após um trauma ou esforço intenso, a dor crônica é contínua e requer investigação médica.

Frequentemente negligenciada, essa dor pode indicar problemas degenerativos ou inflamatórios de evolução silenciosa. Por isso, é fundamental reconhecer as suas características, identificar os sintomas associados e buscar orientação médica para preservar a saúde articular.

O que caracteriza a dor crônica no joelho?

A dor aguda aparece de forma imediata após quedas, torções ou pancadas, e tende a melhorar com cuidados simples. Já a dor crônica no joelho é persistente, ultrapassa três meses de duração e frequentemente volta mesmo após períodos de repouso.

A intensidade da dor pode variar, piorar após atividades físicas ou aumentar durante o repouso prolongado. Rigidez, inchaço e sensação de instabilidade são sintomas frequentes. Esses sinais indicam a necessidade de avaliação por um ortopedista.

Principais causas da dor crônica no joelho

Existem diferentes motivos que podem levar a dor persistente nessa articulação. Entre os mais comuns estão:

  • Osteoartrite (artrose): desgaste da cartilagem que gera atrito entre os ossos;
  • Lesões de menisco e ligamentos: muitas vezes mal cicatrizadas, provocam dor recorrente;
  • Tendinites e bursites: inflamações que afetam tecidos ao redor do joelho;
  • Doenças inflamatórias sistêmicas: como artrite reumatoide e gota;
  • Sobrepeso e obesidade: aumentam a pressão sobre as articulações;
  • Sedentarismo ou excesso de impacto nos treinos: ambos favorecem o aparecimento de dor crônica.

Cada uma dessas condições requer avaliação clínica específica para garantir um tratamento eficaz.

Sintomas associados à dor crônica no joelho

A dor contínua raramente vem sozinha. Outros sintomas ajudam a identificar a gravidade do problema:

  • Rigidez articular ao acordar ou após longos períodos sentado;
  • Inchaço frequente, que pode surgir mesmo sem trauma;
  • Estalos ou sensação de areia dentro da articulação (crepitação);
  • Limitação de movimento, dificultando caminhar, agachar ou subir escadas;
  • Piora da dor durante esforços ou em repouso prolongado.

Reconhecer esses sinais é fundamental para buscar atendimento médico precoce e evitar a progressão do quadro.

Quando procurar um ortopedista especialista em joelho?

Muitos pacientes acreditam que a dor vai desaparecer sozinha, mas, quando ela persiste, é fundamental procurar um especialista em dor crônica no joelho. A avaliação médica deve ser buscada quando:

  • A dor dura mais de três meses;
  • Há limitação para atividades diárias;
  • O inchaço é frequente;
  • A dor atrapalha o sono ou compromete a prática de exercícios.

Um diagnóstico precoce pode evitar complicações e até reduzir a necessidade de tratamentos mais invasivos.

Diagnóstico da dor crônica no joelho

O diagnóstico envolve uma análise clínica detalhada, na qual o médico avalia o histórico do paciente, realiza exames físicos e pode solicitar exames de imagem, como raio-X, ultrassonografia e ressonância magnética. Essas ferramentas permitem identificar desde inflamações leves até lesões mais graves, possibilitando um tratamento direcionado e eficaz.

Tratamentos para dor crônica no joelho

O tratamento deve ser individualizado e pode envolver diferentes abordagens:

  • Medicamentos: para controle da dor e inflamação;
  • Fisioterapia: fortalecimento muscular e reeducação de movimentos;
  • Infiltrações com medicamentos ou ácido hialurônico: para reduzir a dor e melhorar a lubrificação da articulação;
  • Procedimentos minimamente invasivos: quando há lesões específicas;
  • Cirurgias: indicadas em casos de desgaste avançado, como artrose grave.

Com acompanhamento médico adequado, muitos pacientes conseguem retomar suas atividades sem dor e sem limitações.

Exercícios e prevenção da dor crônica no joelho

A prática de exercícios de baixo impacto é uma grande aliada na prevenção e no controle da dor. Caminhadas leves, natação, pilates e bicicleta ergométrica ajudam a fortalecer a musculatura e reduzir a sobrecarga sobre os joelhos. Além disso, manter um peso corporal adequado, alongar regularmente e utilizar calçados corretos são medidas simples que fazem toda a diferença.

A prevenção deve ser encarada como parte do cuidado diário com a saúde articular, especialmente para quem já apresenta histórico familiar de problemas nos joelhos.

Impacto da dor crônica no dia a dia se não tratada

A dor crônica no joelho não tratada pode evoluir para limitações importantes, reduzindo a independência e afetando até mesmo a saúde emocional. Atividades simples passam a ser um desafio, o sedentarismo se instala e o risco de doenças associadas, como hipertensão e diabetes, aumenta.

Além do impacto físico, muitos pacientes relatam frustração, ansiedade e até sintomas depressivos diante da incapacidade de realizar tarefas cotidianas. É por isso que buscar um especialista em dor crônica no joelho é a melhor decisão para preservar a mobilidade, evitar complicações e recuperar qualidade de vida.

Fontes:

SBOT – Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia

Dr. Rodolpho Scalize