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Síndrome do ombro congelado

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Principais características da doença que causa tanta limitação dos movimentos do ombro que pode se tornar incapacitante

A síndrome do ombro congelado, também chamada de capsulite adesiva, é uma doença que tem como principal característica a dificuldade de movimentação do ombro. Muitas pessoas procuram tratamento médico por causa da perda de amplitude nos movimentos, o que pode incapacitar as atividades cotidianas, mas o principal sintoma e que marca o início da doença é a dor para movimentar o ombro.

É importante conhecer os detalhes sobre a doença para saber identificá-la e encontrar o tratamento adequado. As causas específicas ainda não são bem definidas, apesar de existirem fatores de risco conhecidos que podem levar ao desenvolvimento da síndrome do ombro congelado.

O que é a síndrome do ombro congelado?

A síndrome do ombro congelado se manifesta por causa da ocorrência de uma inflamação da cápsula da articulação do ombro. A progressão da inflamação leva a um espessamento da região que, por sua vez, causa os sintomas da também chamada capsulite adesiva. É mais comum que se manifeste no ombro menos funcional.

A diminuição da amplitude dos movimentos do ombro que gera uma sensação de rigidez — daí o nome “síndrome do ombro congelado” — é a principal característica da doença. A dificuldade de movimentação é acompanhada de dor, o que aumenta ainda mais a incapacitação de atividades diárias por causa da doença.

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Causas da síndrome do ombro congelado

Muitos casos da síndrome do ombro congelado têm origem idiopática, ou seja, espontânea ou de causas obscuras. Por isso, ainda não é possível determinar uma ou mais causas específicas para a inflamação.

Apesar disso, o surgimento da síndrome pode estar relacionado a outras doenças ou a alguma lesão no ombro. Também pode surgir em pacientes com doenças crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares, e também naqueles que passaram recentemente por cirurgia no ombro.

Sinais e sintomas da síndrome do ombro congelado

Os principais sintomas da síndrome do ombro congelado são dor intensa e rigidez dos movimentos, causadas pela inflamação e consequente fibrose, além de espessamento das estruturas da cápsula da articulação do ombro.

A limitação de movimentação do ombro no decorrer da doença pode se tornar tão intensa, junto com a dor, que dificulta ou incapacita a pessoa de realizar as mais simples atividades diárias.

A evolução dos sintomas pode ser dividida em três fases:

  1. Fase inflamatória: a dor que piora com os movimentos é a principal característica. Nesta fase, a perda de movimentos vai aumentando gradativamente;
  2. Fase do congelamento: a limitação de movimentos já é mais presente e incômoda que a própria dor. A rigidez afeta principalmente o movimento de rotação do ombro;
  3. Fase do descongelamento: a amplitude dos movimentos vai melhorando gradativamente, junto com a dor.

Síndrome do ombro congelado: como proceder?

Dor no ombro é sempre sinal de que algo não vai bem. Muitas pessoas tendem a adiar a procura por ajuda profissional até o ponto em que o incômodo se torna incapacitante, sem apresentar alívio com o uso de analgésicos comuns, o que pode dificultar ou adiar ainda mais a recuperação adequada.

Por isso, aos primeiros sintomas da alteração, é importante procurar um médico ortopedista para que seja realizada uma investigação detalhada do caso, identificando um tratamento eficaz para o quadro. Apesar de casos de síndrome do ombro congelado serem idiopáticos, eles podem também vir acompanhados de outras doenças, tais como:

  • Bursites e tendinites do ombro;
  • Hérnia de disco cervical;
  • Disfunções na tireoide;
  • Doenças cardiovasculares;
  • Diabetes.

Tratamento da síndrome do ombro congelado

O diagnóstico é feito a partir de exame clínico realizado pelo médico ortopedista, que poderá solicitar alguns exames auxiliares, como ressonância magnética. Assim que o diagnóstico for concluído, o médico determina o tratamento mais adequado, de acordo com a fase em que se encontram os sintomas.

Na fase inicial, o tratamento pode ser conservador — recorrendo ao uso de medicamentos anti-inflamatórios para aliviar os sintomas dolorosos ou a tratamentos de infiltração, que costumam ter ótimos resultados.

Na fase de congelamento, é fundamental que sejam realizados, além da administração medicamentosa, exercícios com acompanhamento fisioterápico para a recuperação dos movimentos e da força muscular. Assim, é possível chegar à outra fase com maiores chances de retomada total dos movimentos do ombro.

A síndrome do ombro congelado tem cura, sendo muitas vezes espontânea, podendo levar de 6 meses a 2 anos. Por isso é importante buscar tratamento  precoce, para possibilitar a recuperação dos movimentos  precoce, controle da dor e que a qualidade de vida seja completamente retomada.

Entenda mais sobre esse tratamento e agende uma consulta com o ortopedista especialista em ombro, Dr. Rodolpho Scalize

Fontes:

Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia

Revista Brasileira de Ortopedia