Dor intensa, inchaço e deformidade estão entre os sintomas, que pedem tratamento conservador ou cirúrgico dependendo da complexidade
A luxação no joelho é uma lesão grave que ocorre quando os ossos da articulação do joelho se deslocam de sua posição normal após algum trauma intenso. Essa condição exige atenção imediata e tratamento especializado para evitar complicações sérias, como danos aos ligamentos, vasos sanguíneos e nervos. Frequentemente, é necessária a realização de cirurgia para reconstruir os ligamentos e realinhar os ossos, restaurando a estabilidade e a função do joelho.
O que é luxação no joelho?
A luxação no joelho ocorre quando os ossos do joelho, que são o fêmur, a tíbia e a patela, desencaixam e saem da posição correta, provocando dor intensa e comprometendo a movimentação do membro afetado. Estruturas relacionadas à articulação do joelho, como ligamentos, cápsula articular, alguns tendões e músculos, também podem ser comprometidas.
Por isso, a luxação no joelho pode causar danos permanentes na articulação, sendo considerada frequentemente mais grave que outras fraturas e classificada como uma urgência médica. Diagnosticar e iniciar o tratamento rapidamente evita problemas futuros, como instabilidade articular e degeneração precoce dos joelhos.
Causas comuns da luxação no joelho
As causas de luxação no joelho geralmente estão relacionadas a situações em que há uma força intensa aplicada sobre a articulação. Atletas estão mais sujeitos a essa lesão, principalmente em esportes que envolvem movimentos bruscos ou golpes diretos. Acidentes automobilísticos também são causas comuns, com o joelho sendo atingido contra o painel.
Além de traumas, fatores anatômicos também são causas da luxação no joelho. Algumas pessoas possuem joelhos com menor estabilidade ou com desalinhamento dos ligamentos, aumentando os riscos de se lesionar. Pessoas que realizam trabalho pesado ou que requerem movimentos intensos também estão mais propensas a esse tipo de lesão.
Mesmo movimentos simples do cotidiano podem causar uma luxação, como girar o corpo com os pés firmes no chão, fazendo uma torção. Além disso, quando ligamentos estão enfraquecidos ou machucados, o osso pode se deslocar mesmo sem um impacto forte, resultando na luxação no joelho.
Sintomas da luxação no joelho
Saber reconhecer os sintomas de luxação no joelho é importante para buscar ajuda médica e evitar a piora dos danos. O primeiro sinal geralmente é uma dor intensa, que pode piorar ao tentar mover a articulação, chegando até a causar imobilidade total. Outros sintomas incluem:
- Deformidade visível, com a perna parecendo torta ou fora do lugar, o que também dificulta o movimento;
- Inchaço rápido e considerável, devido ao acúmulo de líquido na articulação;
- Edema e hematomas, por causa do rompimento de vasos sanguíneos;
- Formigamento ou dormência, quando há danos aos nervos da região;
- Alterações na cor do pé, que indicam problemas vasculares e podem ser um sinal de gravidade maior.
Como diagnosticar a luxação no joelho
O diagnóstico da luxação no joelho começa com o exame físico feito pelo médico, que avalia a intensidade e extensão da dor, a deformidade, o inchaço e o movimento da articulação. O ortopedista também questiona o paciente sobre a causa do trauma para entender melhor a lesão e os riscos relacionados.
Em seguida, o ortopedista solicita a radiografia para verificar o desalinhamento dos ossos e identificar possíveis fraturas associadas à luxação no joelho que possam complicar o quadro. Além disso, ele pode pedir exames como a ressonância magnética e, em alguns casos, a ultrassonografia, para analisar com mais detalhes os tecidos moles, como ligamentos e cartilagem.
Tratamento da luxação no joelho
O tratamento de luxação de joelho varia conforme a gravidade da lesão, a idade do paciente e a presença de fraturas ou danos ligamentares. Inicialmente, o realinhamento da articulação costuma ser realizado no pronto-socorro, geralmente sob o uso de analgésicos ou sedação, com o objetivo de reduzir a dor e o inchaço.
Frequentemente, é necessária a realização de cirurgia para reconstruir os ligamentos e realinhar os ossos, especialmente nos casos de rupturas. A intervenção cirúrgica representa uma maior probabilidade de restaurar a estabilidade e a função do joelho, assim como uma maior chance de prevenir complicações futuras relacionadas à luxação no joelho.
A fisioterapia é indicada tanto no tratamento conservador quanto após o procedimento cirúrgico. Pacientes com casos menos graves ou que não podem ser submetidos à cirurgia podem se beneficiar dela, assim como aqueles que passaram pela operação e precisam recuperar a mobilidade e a força do joelho, permitindo a recuperação de luxação no joelho.
Complicações associadas à luxação no joelho
Seguir os cuidados após a luxação no joelho, como buscar rápido atendimento e cumprir as recomendações médicas, evita complicações, incluindo entorses leves até rupturas completas dos ligamentos. Além disso, caso haja cortes na pele, tomar as medidas necessárias evita infecções, que podem se espalhar até o osso, causando osteomielite, uma condição séria.
O deslocamento da articulação também pode causar lesões ou desgastes na cartilagem articular, tecido que permite o deslizamento suave dos ossos, o que aumenta o risco de condições degenerativas a longo prazo, como a osteoartrite, caracterizada por dor crônica, articulações rígidas e limitação de movimento.
Por fim, a luxação no joelho pode cortar o fluxo de sangue para a perna, impedindo que os tecidos recebam oxigênio suficiente e sofram necrose. Se a parte de baixo da perna ficar sem sangue e, se muitos tecidos forem afetados, pode até ser necessário amputar a perna. Frequentemente, essas complicações aparecem somente algumas horas depois da lesão.
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Fontes:
Manual MSD
Hospital Israelita Albert Einstein