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Tratamento da capsulite adesiva do ombro

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Por: Publicado em 11 janeiro, 2023

A Síndrome do Ombro Congelado pode ser tratada com medicamentos, fisioterapia ou cirurgia. Saiba mais.

A capsulite adesiva – ou “ombro congelado” – é uma condição inflamatória que causa muita dor e prejudica o movimento do braço. Portanto, compreender melhor a doença e conhecer o tratamento da capsulite adesiva no ombro é importante para recuperar a qualidade de vida.

O que é capsulite adesiva?

Capsulite adesiva é uma inflamação na cápsula articular, estrutura que engloba os ligamentos e que reveste a cavidade articular do ombro, região em que o braço se “conecta” e se articula com o restante do esqueleto.

Anatomia do ombro

O ombro é uma região formada pela articulação entre dois ossos: a escápula (que fica nas costas) e o úmero (osso do braço).

A escápula tem uma região côncava chamada “cavidade glenoide” – a qual é recoberta por um tecido cartilaginoso – onde a cabeça do úmero se insere, permitindo que o braço faça movimentos suaves sem que os ossos se choquem. Ou seja, a cartilagem que reveste a cavidade glenoide tem função de amortecimento e proteção, e quando ela está inflamada (capsulite adesiva), há muita dor.

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Os diferentes tipos e fases de capsulite adesiva

Por ser um processo inflamatório, a capsulite adesiva começa com uma dor leve que piora rapidamente até o momento em que o paciente não consegue mais movimentar o braço. Em situações graves, como essa, um diagnóstico indicará o tratamento da capsulite adesiva no ombro mais adequado.

Na fase aguda ou inflamatória, tem-se muita dor ao movimentar o braço, e por esse motivo é também chamada de fase hiperálgica. Essa dor costuma se intensificar pela noite, chegando a despertar o paciente, e pode durar de três a nove meses.

O segundo momento é a fase de congelamento, quando há uma rigidez articular tão forte que impede os movimentos e leva o paciente a procurar tratamento da capsulite adesiva no ombro. Essa fase pode durar de quatro até seis meses.

Por fim, tem-se a fase de descongelamento, que é quando o quadro se resolve sozinho. O ombro vai “descongelando” e os movimentos vão sendo retomados. Embora a autorresolução seja o curso natural da doença, é preciso lembrar que esse quadro pode levar até dois anos para se resolver e nem todos os casos são completamente reversíveis.

O que causa a capsulite adesiva?

A causa exata da capsulite adesiva não é bem conhecida pela comunidade científica, mas sabe-se que é uma doença inflamatória, que acomete mais mulheres do que homens, e que tem relação com algumas doenças, como a diabetes e distúrbios tireoidianos.

Fatores de risco da capsulite adesiva (Quem pode ter?)

A capsulite adesiva é considerada uma condição comum, principalmente em mulheres entre 40 e 60 anos. Além desses fatores não modificáveis (sexo e idade), algumas condições clínicas podem aumentar o risco de desenvolvimento da síndrome do ombro congelado, como:

  • Diabetes mellitus;
  • Traumas no ombro;
  • Doenças cardiovasculares;
  • Doenças nos discos intervertebrais cervicais;
  • Doenças da tireoide;
  • Imobilização prolongada.

Quais os sintomas da capsulite adesiva?

Os sintomas que geralmente estimulam a busca por tratamento da capsulite adesiva no ombro são dor articular, rigidez e limitação dos movimentos, que vão se tornando mais intensos até entrar na fase de descongelamento, quando o quadro inflamatório começa a se resolver sozinho.

Como é feito o diagnóstico?

A etapa mais importante para obter o diagnóstico de capsulite adesiva é a consulta, momento em que o médico coleta uma história clínica detalhada e realiza exames físicos que já lhe permitem confirmar a suspeita. Porém, alguns exames de imagem podem ser feitos para descartar outras hipóteses e avaliar o grau de comprometimento da articulação, como radiografia, ultrassom de ombro e ressonância magnética.

Qual o tratamento indicado para capsulite adesiva?

O primeiro passo para o tratamento da capsulite adesiva no ombro é conservador, ou seja, deve-se tentar reverter o quadro com medicamentos e terapias não cirúrgicas, incluindo infiltração articular de corticoides.

Tratamento fisioterapêutico para capsulite adesiva

O tratamento da capsulite adesiva no ombro com fisioterapia pode ser indicado pelo ortopedista especialista em ombro em qualquer uma das fases da doença, sendo que os objetivos são controlar a dor e retomar a amplitude dos movimentos. Essa terapia inclui exercícios de fortalecimento muscular, movimentos pendulares e mobilização passiva do ombro. São recomendadas, também, técnicas de crioterapia e neuroestimulação elétrica como tratamento da capsulite adesiva no ombro.

Tratamento cirúrgico para capsulite adesiva

A cirurgia é uma opção de tratamento da capsulite adesiva no ombro quando a fisioterapia e os medicamentos não são suficientes. Sempre que possível, deve-se preferir a cirurgia “fechada” (artroscopia), procedimento que consiste em pequenas incisões no ombro a partir das quais o ortopedista insere uma pequena câmera e instrumentos cirúrgicos, podendo, assim, romper as aderências da cápsula articular.

PERGUNTAS FREQUENTES

Como prevenir a capsulite adesiva/ombro congelado?

A melhor forma de prevenir a capsulite adesiva é cuidar da saúde como um todo, principalmente manter a glicemia controlada. Além disso, caso você sofra algum trauma no ombro, é preciso manter a movimentação ativa conforme orientação do ortopedista, pois a imobilização do membro pode causar capsulite.

Como aliviar a dor da capsulite adesiva?

São diversos medicamentos que podem ser utilizados para aliviar a dor da capsulite adesiva, sendo que o ortopedista deve avaliar individualmente cada paciente para indicar o melhor remédio para tratamento da capsulite adesiva no ombro.

Quanto tempo leva para curar a capsulite adesiva?

O tempo de autorresolução da capsulite adesiva pode chegar a dois anos.

Capsulite adesiva tem cura?

Sim, o tratamento da capsulite adesiva no ombro busca promover a cura da doença, embora não possa ser garantida para todos os pacientes.

Entenda mais sobre esse tratamento e agende uma consulta com o ortopedista especialista em ombro, Dr. Rodolpho Scalize.

Fontes:

Revista Brasileira de Ortopedia

Hospital Sírio Libanês

Associação Médica Brasileira